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01/01/1970 00:00:00

IPCA vai a 0,52% em dezembro e fecha o ano em 4,83%

Em dezembro de 2023, a variação havia sido de 0,56%. O IPCA fechou o ano com alta acumulada de 4,83%.

01/01/1970 00:00:00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,52%, ficando 0,13 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,39%). Em dezembro de 2023, a variação havia sido de 0,56%. O IPCA fechou o ano com alta acumulada de 4,83%.

PeríodoTaxa
Dezembro 20240,52%
Novembro 20240,39%
Dezembro 20230,56%
Acumulado no ano / 12 meses4,83%

À exceção do grupo Habitação (-0,56%), os demais grupos de produtos e serviços tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,18%) e o maior impacto (0,25 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas, seguido por Transportes, com alta de 0,67% e 0,14 p.p. O grupo Vestuário (1,14%) teve a segunda maior variação em dezembro, após o recuar 0,12% em novembro.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
NovembroDezembroNovembroDezembro
Índice Geral0,390,520,390,52
Alimentação e bebidas1,551,180,330,25
Habitação-1,53-0,56-0,24-0,08
Artigos de residência-0,310,65-0,010,02
Vestuário-0,121,140,000,05
Transportes0,890,670,180,14
Saúde e cuidados pessoais-0,060,38-0,010,05
Despesas pessoais1,430,620,140,06
Educação-0,040,110,000,01
Comunicação-0,100,370,000,02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O grupo Alimentação e bebidas teve seu quarto aumento consecutivo (1,18%) em dezembro. A alimentação no domicílio subiu 1,17%, influenciada pelas altas das carnes (5,26%), com destaque para costela (6,15%), alcatra (5,74%) e contrafilé (5,49%), além do óleo de soja (5,12%) e do café moído (4,99%). Já as quedas em destaque foram limão (-29,82%), batata-inglesa (-18,69%) e leite longa vida (-2,53%).

A alimentação fora do domicílio (1,19%) acelerou ante o mês anterior (0,88%), com a refeição (1,42%) sendo o subitem com a maior contribuição individual (0,05 p.p.), seguido do lanche com 0,96% de variação e 0,02 p.p. de contribuição.

No grupo dos Transportes (0,67%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços do transporte por aplicativo (20,70%) e das passagens aéreas (4,54%). Os combustíveis aumentaram 0,70%, com as seguintes variações: etanol (1,92%), óleo diesel (0,97%), gasolina (0,54%) e gás veicular (0,49%).

Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (-0,65%) foi influenciada pela gratuidade nas tarifas no dia 25 de dezembro em São Paulo (-3,45%). O trem (3,77%) e o metrô (3,90%) tiveram altas por conta da incorporação de gratuidades concedidas nos dias do ENEM em novembro, em São Paulo (7,07% em ambos os subitens).

No grupo Habitação (-0,56%), a energia elétrica residencial recuou 3,19%, influenciada pelo retorno, em dezembro, da bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional nas contas. Em novembro, estava em vigor a bandeira tarifária amarela, que acrescentava R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Em Rio Branco (-4,33%), houve reajuste nas tarifas de -4,50%, a partir de 13 de dezembro.

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,70%) foi influenciada pelo reajuste de 9,83% no Rio de Janeiro (9,15%), a partir de 1º de dezembro. Já o subitem gás encanado (-0,01%) reflete a redução de 0,51% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,03%), com vigência a partir de 1º de novembro.

A maior variação regional foi em Salvador (0,89%), influenciada pela alta das carnes (7,31%) e da gasolina (4,04%). A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (0,25%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-2,41%).

RegiãoPeso
Regional (%)
Variação (%)Variação Acumulada (%)
NovembroDezembroAno
Salvador5,990,280,894,68
Goiânia4,170,410,805,56
São Luís1,620,330,716,51
Aracaju1,030,240,674,81
Fortaleza3,230,440,654,92
Belém3,940,460,634,70
Rio de Janeiro9,430,490,584,69
Rio Branco0,510,920,534,91
Vitória1,860,160,524,26
São Paulo32,280,400,525,01
Porto Alegre8,610,030,503,57
Curitiba8,090,390,464,43
Campo Grande1,570,630,435,06
Recife3,920,420,344,36
Brasília4,060,300,263,93
Belo Horizonte9,690,570,255,96
Brasil100,000,390,524,83
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 27 de dezembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de outubro a 28 de novembro de 2024 (base).

INPC vai a 0,48% em dezembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,48% em dezembro, 0,15 p.p. acima do resultado de novembro (0,33%). Em dezembro de 2023, a taxa foi de 0,55%. Os produtos alimentícios desaceleraram de novembro (1,62%) para dezembro (1,12%). A variação dos não alimentícios passou de -0,08% em novembro para 0,27% em dezembro.

Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Salvador (0,84%), influenciada pela alta das carnes (6,87%) e da gasolina (4,04%). A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (0,22%), por conta do recuo da batata-inglesa (-26,29%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação Acumulada (%)
NovembroDezembroAno
Salvador7,920,300,844,38
Goiânia4,430,520,695,74
São Luís3,470,330,636,20
Rio de Janeiro9,380,570,604,56
Rio Branco0,720,890,575,36
Aracaju1,290,280,574,80
Fortaleza5,160,470,574,76
Campo Grande1,730,750,525,21
Belém6,950,270,504,65
Curitiba7,370,290,464,64
Vitória1,91-0,010,444,46
São Paulo24,600,240,434,70
Porto Alegre7,15-0,020,393,63
Recife5,600,330,374,06
Brasília1,970,150,294,28
Belo Horizonte10,350,480,226,08
Brasil100,000,330,484,77
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 27 de dezembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de outubro a 28 de novembro de 2024 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

IPCA acumula alta de 4,83% em 2024

O IPCA encerrou o ano com variação de 4,83%, 0,21 p.p. acima dos 4,62% registrados em 2023. Na tabela abaixo, pode-se observar as variações mensais do índice em 2024:

MêsVariação (%)
MêsTrimestreAno
Janeiro0,420,42
Fevereiro0,831,25
Março0,161,421,42
Abril0,381,80
Maio0,462,27
Junho0,211,052,48
Julho0,382,87
Agosto-0,022,85
Setembro0,440,803,31
Outubro0,563,88
Novembro0,394,29
Dezembro0,521,484,83
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O resultado de 2024 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (7,69%), que teve o maior impacto (1,63 p.p.) no acumulado do ano. Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%), com impactos de 0,81 p.p. e 0,69 p.p., respectivamente. Os três grupos juntos responderam por, aproximadamente, 65% do resultado do ano.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
2023202420232024
Índice Geral4,624,834,624,83
Alimentação e bebidas1,037,690,231,63
Habitação5,063,060,770,47
Artigos de residência0,271,310,010,05
Vestuário2,922,780,140,13
Transportes7,143,301,460,69
Saúde e cuidados pessoais6,586,090,860,81
Despesas pessoais5,425,130,550,52
Educação8,246,700,460,39
Comunicação2,892,940,140,14
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (7,69%) foi influenciado pela alta nos preços da alimentação no domicílio (8,23%). Os destaques principais foram as carnes (20,84% e 0,52 p.p.), o café moído (39,60% e 0,15 p.p.), o leite longa vida (18,83% e 0,13 p.p.) e as frutas (12,12% e 0,14 p.p.). No que se refere às carnes, foram registrados recuos em seis dos doze meses de 2024. Os preços do cafémoído apresentaram trajetória de alta ao longo de todo o ano.

No mesmo sentido, a alimentação fora do domicílio subiu 6,29%, sobressaindo a refeição, com aumento de 5,70% e 0,20 p.p. de impacto, e o lanche (7,56% e 0,13 p.p. de impacto).

Em Saúde e cuidados pessoais (6,09%), a maior contribuição (0,31 p.p.) veio do plano de saúde (7,87%). Em junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou o teto para reajuste dos planos individuais novos (posteriores à lei nº 9.656/98) em 6,91% para o período de maio de 2024 a abril de 2025. A partir de outubro, passaram a ser incorporadas as frações referentes aos planos antigos, com vigência retroativa a partir de julho. Destacam-se, ainda, a alta de 5,95% dos produtos farmacêuticos - em 31 de março de 2024, passou a valer o reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos – e de 4,22% nos itens de higiene pessoal.

Nos Transportes (3,30%), destaca-se a alta da gasolina (9,71%), subitem de maior peso (4,96%) entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e responsável pelo maior impacto (0,48 p.p.) em 2024. Na sequência, sobressaem o etanol (17,58% e 0,10 p.p.), o conserto de automóvel (5,88% e 0,10 p.p.) e o automóvel novo (2,85% e 0,09 p.p.).

Em Habitação (3,06%), as principais contribuições positivas vieram do condomínio (6,25% e 0,14 p.p.), do aluguel residencial (3,45% e 0,13 p.p.), da taxa de água e esgoto (5,17% e 0,10 p.p) e do gás de botijão (7,04% e 0,09 p.p.). A energia elétrica residencial, segundo subitem de maior peso no IPCA, fechou o ano com redução de 0,37%.

Cabe ressaltar que em 2024 vigoraram todas as bandeiras tarifárias: Bandeira verde (sem cobrança de tarifa): janeiro a junho, agosto e dezembro; Bandeira amarela (adicional de RS1,885 a cada 100 Kwh): julho e novembro; Bandeira vermelha patamar 1 (adicional de RS4,463 a cada 100 Kwh): setembro; Bandeira vermelha patamar 2 (adicional de RS7,877 a cada 100 Kwh): outubro.

São Luís (6,51%) foi a área com a maior variação em 2024, influenciada principalmente pelas altas da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%). O menor resultado, por sua vez, ocorreu em Porto Alegre (3,57%), com destaque das quedas da cebola (-42,47%), do tomate (-38,58%) e das passagens aéreas (-16,94%).

RegiãoPeso
Regional (%)
Variação anual (%)
20232024
São Luís1,621,706,51
Belo Horizonte9,695,055,96
Goiânia4,173,825,56
Campo Grande1,574,765,06
São Paulo32,284,975,01
Fortaleza3,234,884,92
Rio Branco0,514,624,91
Aracaju1,033,944,81
Belém3,944,824,70
Rio de Janeiro9,434,294,69
Salvador5,994,484,68
Curitiba8,094,184,43
Recife3,923,184,36
Vitória1,865,104,26
Brasília4,065,503,93
Porto Alegre8,614,633,57
Brasil100,004,624,83
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

INPC fecha 2024 em 4,77%

A alta acumulada do INPC em 2024 foi de 4,77%, 1,06 p.p. acima dos 3,71% registrados em 2023, com os produtosalimentícios registrando alta de 7,60%, enquanto os não alimentícios variaram 3,88%. Em 2023, as variações foram, respectivamente, 0,33% e 4,83%. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
2023202420232024
Índice Geral3,714,773,714,77
Alimentação e bebidas0,337,600,081,83
Habitação4,722,840,810,49
Artigos de residência-0,021,410,000,06
Vestuário2,972,690,170,15
Transportes6,033,771,150,74
Saúde e cuidados pessoais5,465,430,630,63
Despesas pessoais5,345,880,410,46
Educação8,106,660,330,28
Comunicação2,632,680,130,13
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em São Luís (6,20%), especialmente por conta das altas das carnes (15,10%) e da gasolina (14,24%). A menor variação ocorreu em Porto Alegre (3,63%), cujo resultado foi influenciado pelo recuo nos preços da cebola (-42,47%) e do tomate (-38,58%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação anual (%)
20232024
São Luís3,471,626,20
Belo Horizonte10,354,506,08
Goiânia4,433,545,74
Rio Branco0,724,525,36
Campo Grande1,734,205,21
Aracaju1,293,304,80
Fortaleza5,164,874,76
São Paulo24,603,434,70
Belém6,954,974,65
Curitiba7,373,884,64
Rio de Janeiro9,383,464,56
Vitória1,913,684,46
Salvador7,923,764,38
Brasília1,973,854,28
Recife5,602,394,06
Porto Alegre7,153,683,63
Brasil100,003,714,77
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

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