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Notícia
Reforma tributária deve agravar apagão de mão de obra na contabilidade
Para minimizar a falta de profissionais capacitados, escritórios contábeis captam jovens no mercado e investem na formação. Com a reforma, será preciso lidar com um novo sistema tributário
01/01/1970 00:00:00
A reformulação do sistema tributário sobre o consumo e a complexidade nos primeiros anos da adoção do novo modelo baseado no IVA (Imposto sobre Valor Agregado), a partir de 2026, devem agravar o problema da escassez de mão de obra especializada de profissionais contábeis.
Principais interlocutores entre o fisco e os contribuintes, os contadores terão pela frente, durante a fase de transição, em que coexistirão dois sistemas tributários (atual e novo), o desafio de esmiuçar aos seus clientes as mudanças impostas pelo novo modelo de tributação e os impactos nos negócios.
Quando o novo sistema tributário estiver completamente implementado, caso a simplificação prometida pelo governo seja cumprida, os profissionais da contabilidade terão que atuar muito mais na gestão dos negócios e consultoria aos clientes do que no processamento de informações.
De acordo com o vice-presidente do Sescon-SP, Jorge Segeti, para driblar a falta de mão de obra - associada a fatores como a extinção da profissão de técnico em contabilidade, falta de interesse pela profissão e remuneração mais atraente oferecida por empresas com departamentos contábeis internos - empresários do setor têm investido na capacitação interna de profissionais.
“Muitos escritórios de contabilidade são grandes formadores de mão de obra, captando profissionais sem experiência e oferecendo treinamento adequado. Com a reforma, será preciso capacitar mão de obra para lidar com um novo regime tributário, além do atual”, diz.
Para Segeti, caso a informatização e automação dos sistemas de apuração dos impostos, como split payment, não funcionem como o prometido pelo governo, a situação tende a piorar ainda mais para as empresas de contabilidade.
O presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP), João Carlos Castilho Garcia, também destaca que a reforma tributária será muito complexa no período de transição, exigindo conhecimento técnico ainda mais amplo e detalhado. Será um grande desafio para os escritórios de contabilidade.
“Esse cenário cria uma demanda maior por profissionais com dupla especialização, que entendam as regras atuais e as novas. Isso pode intensificar a escassez de mão de obra, já que a necessidade de atualização será urgente e nem todos os profissionais ou empresas terão a capacidade de acompanhar as mudanças no curto prazo”, analisa Garcia.
Por outro lado, quem estiver tecnicamente preparado, na visão do presidente do CRC-SP, terá um nicho interessante e será devidamente recompensado pela sua especialização.
“Assim, o setor precisará investir ainda mais na capacitação e atração de talentos para mitigar os efeitos dessa transição e evitar lacunas de conhecimento que possam impactar no cumprimento das obrigações fiscais e na consultoria oferecida às empresas”, conclui.
CAPACITAÇÃO DENTRO DE CASA
No mercado há 40 anos e com uma carteira de cerca de 600 clientes, a DPC Domingos & Pinho Contadores é uma das empresas do setor que tem como tradição investir na formação de estudantes por meio de dois programas anuais de estágio.
“Em média, por ano, capacitamos cerca de 60 estagiários. É a forma que encontramos para enfrentar a falta de mão de obra. Hoje, as faculdades têm poucos alunos, muitos não passam no exame de suficiência do CFC e o mercado continua precisando de contadores, que sempre serão essenciais para a tomada de decisões das empresas”, diz Luciana Uchôa, presidente da DPC e diretora de Recursos Humanos.
O mesmo caminho da capacitação dentro de casa deve ser seguido pela Orcose Contabilidade, que atende atualmente cerca de 400 empresas. Segundo o diretor tributário Flávio Perez, a empresa estuda a criação de um departamento voltado ao treinamento e formação de estagiários e jovens aprendizes, sem conhecimento do segmento contábil, mas familiarizados com as áreas de informática e TI.
“Temos percebido nos processos de seleção e recrutamento a falta de preparo para o uso de sistemas informatizados aplicados no mercado contábil e, também, de conhecimentos sobre mudanças importantes no sistema tributário”, analisa Perez.
CURSOS
Atenta ao interesse das empresas em preparar suas equipes para lidar com as mudanças trazidas pela reforma tributária, a Trevisan Escola de Negócios abriu inscrições para o “Programa Avançado Implementação da Reforma Tributária”, com o início previsto para 8 de novembro.
Segundo o departamento de marketing da Trevisan, algumas empresas inscreveram grupos de até 10 participantes e outras estão planejando a participação nas próximas turmas. Há vários contadores entre os inscritos. O curso tem carga horária de 40 horas e custa R$ 26,4 mil, que podem ser parcelados em 5 vezes.
Já o CRC-SP tem promovido uma série de palestras, seminários e fóruns, de forma presencial e online, sobre os novos desafios da reforma para os profissionais da contabilidade e os impactos para a micro e pequenas empresas na capital paulista, interior e litoral do Estado de São Paulo.
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