Mudanças incluem substituição da Decred, descontinuada a partir de janeiro de 2025.
Notícia
Mercado eleva previsão de crescimento da economia em 2024
Projeção subiu de 2,68% para 2,96%. Além disso, espera-se que a Selic atinja 11,25% até o fim do ano, impactando a economia em 2024
01/01/1970 00:00:00
O mercado financeiro ajustou para cima sua previsão de crescimento da economia em 2024, passando de 2,68% para 2,96%, conforme o Boletim Focus desta segunda-feira (16), divulgado pelo Banco Central (BC). O relatório, publicado semanalmente, reúne estimativas para os principais indicadores econômicos.
Essa revisão, de 0,28 ponto percentual, vem após o anúncio do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2024, que registrou crescimento de 1,4% em relação ao trimestre anterior. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, a alta foi de 3,3%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As projeções para os próximos anos indicam que o PIB deve crescer 1,9% em 2025, e 2% em 2026 e 2027. Em 2023, o PIB do Brasil também superou as expectativas, com um crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões, enquanto em 2022, o crescimento foi de 3%.
A cotação do dólar é projetada para fechar 2024 em R$ 5,40, enquanto para o final de 2025, o valor estimado é de R$ 5,35.
Economia em 2024: projeções para a Inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a medida oficial de inflação do País, teve sua previsão de 2024 ajustada de 4,3% para 4,35%. Para 2025, a inflação deve ser de 3,95%, com projeções de 3,61% e 3,5% para 2026 e 2027, respectivamente.
Embora a estimativa para 2024 esteja acima da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), ainda se mantém dentro da margem de tolerância. A meta para 2024 é de 3%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em um limite máximo de 4,5% e mínimo de 1,5%.
A partir de 2025, entra em vigor o novo sistema de meta contínua de inflação, eliminando a necessidade de definir uma meta para cada ano. O CMN estabeleceu o centro da meta contínua em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em agosto de 2024, o Brasil registrou deflação de 0,02%, impulsionada pela queda nos preços de alimentos e habitação, após o IPCA ter registrado uma inflação de 0,38% em julho. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou uma alta de 4,24%.
Selic e a política de juros
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano, conforme a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A Selic foi mantida nas últimas duas reuniões do Copom, após um ciclo de sete reduções, iniciado em agosto de 2023.
Entre março de 2021 e agosto de 2022, a Selic foi elevada por 12 reuniões consecutivas, em resposta à alta dos preços de alimentos, combustíveis e energia. Após atingir 13,75% em agosto de 2022, a taxa foi mantida nesse nível por sete reuniões, até que o BC iniciou cortes sucessivos no segundo semestre de 2023, em meio ao controle da inflação.
Antes desse ciclo de alta, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, seu nível mais baixo na história, durante a crise econômica causada pela pandemia de Covid-19, para estimular o consumo e a produção.
A próxima reunião do Copom ocorrerá nesta terça-feira (17) e quarta-feira (18), quando o mercado espera que a Selic seja elevada novamente para 10,75% ao ano, com a previsão de encerrar 2024 em 11,25%.
Para 2025, a expectativa é de que a taxa caia para 10,5%, com previsões de reduções adicionais para 9,5% e 9% ao ano em 2026 e 2027, respectivamente.
Quando a Selic é elevada, o objetivo é conter o excesso de demanda, o que acaba pressionando os preços para baixo, já que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Contudo, taxas mais altas também tendem a dificultar o crescimento econômico. Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito se torna mais barato, o que estimula o consumo e a produção, mas reduz o controle sobre a inflação.
(Com informações de Agência Brasil)
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