Lote é formado por 221 mil restituições, distribuídas entre contribuintes prioritários e não prioritários; o valor total do crédito é de R$ 558,8 milhões
Notícia
Lojas satélites faturam três vezes mais do que as âncoras por m2
Os maiores faturamentos são de perfumaria, cosméticos e quiosques de alimentação, e os menores, de livraria e lojas de brinquedos, de acordo com levantamento da Abrasce
01/01/1970 00:00:00
Durante décadas, as lojas âncoras, como o próprio nome diz, são consideradas as grandes atrações dos shoppings, a ponto de haver grande disputa para ver quem consegue trazê-las.
A marca espanhola Zara, por exemplo, que acaba de entrar no Pátio Higienópolis e se prepara para estrear no Center Norte, é uma das queridinhas dos centros comerciais.
A pergunta que fica é: qual é o desempenho das âncoras, geralmente sinônimo de grandes redes, em comparação com as chamadas lojas satélites, aquelas que ficam ao redor delas?
Levantamento da Abrasce, associação de shopping centers do país, mostra que as lojas satélites faturam, por metro quadrado, três vezes mais do que as âncoras.
Em julho, as lojas âncoras (com mais de 1.000 metros quadrados de área) venderam, em média, R$ 836 por metro quadrado, 1,5% mais do que em julho de 2022.
As lojas satélites (até 250 metros quadrados, excluindo quiosques) faturaram, em média, R$ 2.439 por metro quadrado, 3,5% mais do que em julho de 2022.
Os valores foram corrigidos pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), do IBGE, portanto, os percentuais de crescimento já consideram a inflação no período.
Evidentemente que o faturamento total mensal de uma âncora é maior do que de uma loja menor, mas esses números revelam até porque grandes redes estão reduzindo de tamanho.
POR SETOR
O levantamento da Abrasce, reunido no ‘Monitoramento de Mercado’ de julho, mostra ainda quais foram os setores com maior ou pior performance por metro quadrado nos shoppings.
Em julho, os quiosques de alimentação registraram o maior faturamento médio por metro quadrado, de R$ 6.201, número 2,9% maior do que o de julho de 2022 (R$ 6.025).
Em segundo lugar foram as lojas de perfumaria, cosméticos e maquiagem, com um faturamento médio por metro quadrado de R$ 3.389, 14,6% maior do que o de julho de 2022.
Em seguida apareceram lojas de telefonia e acessórios (R$ 3.370, 3,7% maior do que o de julho de 2022) e de relojoaria, joalheria e bijuteria (R$ 3.272, 1,5% maior do que o de julho de 2022).
As lojas de vestuário, que são a maioria nos shoppings, registraram faturamento médio por metro quadrado de R$ 2.089, 0,1% maior do que em igual mês do ano passado.
Em sentido contrário, as lojas de eletroeletrônicos tiveram a maior queda na venda por metro quadrado, no período, de 11,4%, de R$ 2.991 (julho ano passado) para R$ 2.649.
Também reduziram vendas: livrarias, 7,4% (de R$ 988 para R$ 915), lojas de artigos para o lar, de 1,4% (R$ 1.696 para R$ 1.672) e de brinquedos, 1,1% (de R$ 1.236 para R$ 1.223).
MODELO ANTIGO
“Os shoppings estão calcados em âncoras que, no passado, faturavam muito, e que agora faturam menos, o que revela uma real necessidade de se redimensionar o modelo”, diz Marcos Hirai, sócio fundador do NDEV (Núcleo de Desenvolvimento de Expansões Varejistas).
Sem contar que, muitas das âncoras que até então eram super disputadas pelos shoppings, diz, enfrentam sérios problemas financeiros e estão em processo de encolhimento.
As razões são várias, desde a competição com gigantes do e-commerce mundial, como a Shein e a Shopee, até problemas de gestão e macroeconômicos, como juros altos e crédito restrito.
Em um dos empreendimentos com melhor performance do grupo Gazit, o Internacional Shopping Guarulhos, a Marisa reduziu a sua loja de 2 mil para 1,5 mil metros quadrados.
Exemplos como esse se multiplicam em vários shoppings espalhados pelo país, envolvendo nomes como Americanas, Centauro, Tok&Stok, Renner, Magazine Luiza e outras redes.
Lojas de 2 mil metros quadrados de produtos eletroeletrônicos, de acordo com Hirai, também não fazem mais sentido, assim como uma grande quantidade de lojas de vestuário.
É fato também, de acordo com arquiteto Maurício Queiroz, designer de projetos para o varejo, que um shopping sem âncora tem mais dificuldade para atrair público e lojas satélites.
Um dos empreendimentos que tem enfrentado este problema é o Cidade São Paulo, que fica na Avenida Paulista.
O que se observa neste momento, diz Queiroz, é que os espaços deixados por âncoras tradicionais abrirão um campo fértil para novos modelos de negócios, como food halls, áreas para entretenimento e serviços.
ALUGUEL
O levantamento da Abrasce também mostra que as lojas satélites (até 250 metros quadrados) pagam, proporcionalmente, um aluguel quase seis vezes maior do que as âncoras.
Em julho, as lojas satélites pagaram, em média, por metro quadrado, R$ 197 de aluguel, enquanto as âncoras (acima de 1.000 metros quadrados), R$ 34.
Para as semi-âncoras (de 500 a 999 metros quadrados), o valor médio por metro quadrado cobrado foi de R$ 51,6 e, para as mega lojas (de 250 a 499 metros quadrados), de R$ 69,3.
Os quiosques são os que pagam mais caro para estar em shoppings. Aliás, uma das grandes queixas dos lojistas. Em julho, o valor médio da locação por metro quadrado foi de R$ 314,6.
“Os shoppings foram assim concebidos. À âncora cabe atrair público, pagando, proporcionalmente, menos aluguel, e à loja satélite, complementar mix e usufruir do fluxo”, diz Hirai.
Paulo Matos, diretor-geral da Tommy Hilfiger no Brasil, diz que os centros comerciais sempre estiveram mais preocupados com as âncoras do que com as lojas satélites.
“O valor do aluguel é uma briga eterna com os administradores dos empreendimentos.”
Neste momento, diz, as âncoras estão “batendo de frente” no quesito preço com gigantes do e-commerce, e não estavam preparadas para isso, causando grande impacto nos shoppings.
“A protagonista de toda esta mudança é a Shein. A Zara já nem fala mais em fast fashion para não ser comparada com a Shein”, afirma Matos.
Assim como as grandes redes, diz, as lojas satélites também estão tendo de se mexer para se manter. “Estamos nos virando com omnichannel, live-commerce e levando peças até a casa dos clientes”, diz.
TRANSIÇÃO
Para Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls, todo esse cenário mostra que os shoppings estão no meio de uma transição, na qual o tamanho de uma loja já não é mais determinante para atrair público.
“Vejo alteração no cenário de ancoragem dos shoppings. O setor de alimentação passa a ser interessante na ocupação de espaços de âncoras tradicionais”, diz.
De acordo com o levantamento da Abrasce, a venda média por metro quadrado do setor de alimentação foi de R$ 2.835 em julho, número 3% maior do que o de igual mês de 2022.
O setor de beleza, diz, também sempre foi resiliente, e não é por acaso que é um dos que mais venderam por metro quadrado e também um dos que mais cresceram no último ano.
“Posso deixar de comprar um sapato novo, mas não deixo de cuidar da aparência. Isso é um fenômeno que permeia todas as classes sociais”, diz Marinho.
Para Matos, da Tommy Hilfiger, as novas âncoras de fato devem ser menores e os shoppings vão ter de resolver uma questão importante em relação aos espaços ocupados por elas.
“Talvez muitas delas até fiquem onde estão porque, geralmente, as âncoras têm lojas com pouca frente e muito fundo. O que os shoppings vão fazer com o fundo?”
Sérgio Koffes, COO da Gazit Brasil, com seis shoppings em São Paulo, diz que já existem negociações para a instalação de lojas menores nos empreendimentos.
O que muda é que as negociações estão mais concentradas nos setores de serviços, gastronomia e entretenimento. E faz sentido.
No primeiro semestre deste ano, o volume de vendas do setor de alimentação cresceu 5,6% sobre igual período de 2022, de acordo com a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) do IBGE.
No mesmo período, os setores de utilidades domésticas e de vestuários registraram queda de 13,7% e 9%, respectivamente.
“O caminho natural é as âncoras mudarem de mãos. No lugar de uma rede de vestuário pode ter duas ou três operações, uma de roupas e duas de gastronomia, por exemplo”, diz Hirai.
IMAGEM: Divulgação/DC
Notícias Técnicas
Para os beneficiários que se aposentaram a partir de junho deste ano, o 13º salário será creditado em parcela única junto com o benefício
Até o dia 20 de novembro, 87.289 pessoas compareceram ao INSS com a mesma finalidade. O prazo para inscrição ou atualização no CadÚnico é de 30 dias após o pedido de desbloqueio. Se não houver atualização dos dados o benefício será suspenso automaticamente
O recolhimento nos dez primeiros meses de 2024 chegou a R$ 2,182 trilhões, informou a equipe do Fisco em coletiva realizada nesta quinta-feira (21/11)
Para a SDI-2, a situação já estava consolidada, e a alteração não se justificava
A Receita Federal estima recuperar aproximadamente 400 milhões de reais entre tributos e multas devidos até o momento.
Objetivo do bloqueio é evitar a recepção de eventos S-1210 e S-2501 na versão S-1.2 que não serão lidos pelo Extrator da DIRF.
As notas técnicas n.12/2024 e 13/2024 foram publicadas no DEJT de 8/11
Os criminosos se fazem passar pelos sócios de um escritório de advocacia ao contatar clientes, via telefone ou WhatsApp
Medida visa salvaguardar direitos e garantias fundamentais
Notícias Empresariais
Equipamentos sem o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo MTE não podem ser classificados como EPIs, mesmo que sejam comercializados ou utilizados com essa finalidade
Relatório divulgado nesta quinta-feira (21) sinaliza que o financiamento à economia real voltou a acelerar
MTE lidera discussões com instituições financeiras, órgãos de governo e entidades do terceiro setor para fortalecer o PNMPO
Para a 7ª Turma, o problema afeta toda a comunidade
Linhas de crédito com juros baixo é um dos pontos positivos para o Microempreendedor, entender quais são esses créditos e como eles funcionam é fundamental para o empreendedor
Para a confederação do comércio, 2025 será “mais desafiador” no setor diante da tendência de aperto monetário, pelo menos no primeiro semestre
O país amarga uma taxa de desemprego mais alta para a população negra, principalmente, para as mulheres negras
A medida vale para empresas que tenham iniciado suas operações antes da vigência da lei e que atendam a critérios de inovação e potencial de crescimento estabelecidos em regulamento
Quer trocar de contador e não sabe como funciona o processo? Vamos te orientar.
O presidente do Banco Central estará na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) na terça-feira (19), às 10 horas, para falar sobre os cenários e tendências para 2025
Notícias Melhores
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade
Saiba como lidar quando o cliente pede redução de honorários: estratégias de negociação, análise de custos e como evitar cair na armadilha de competir por preço. Garanta a valorização do seu trabalho!
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) promoveu palestra intitulada ‘Pilares e Ações Estruturantes – Gestão 2024/2025’ para todos os presentes no Plenário da Casa, durante a 73ª Reunião Extraordinária, realizada na quinta-feira, dia 4 de janeiro, em Brasília/DF